Março Lilás alerta para conscientização e combate ao câncer de colo uterino



Conscientizar as mulheres sobre a importância de fazer o exame de prevenção ao câncer de colo uterino, mais conhecido como Papanicolau, é o objetivo da campanha Março Lilás, mês alusivo ao combate a esse tipo de doença e uma iniciativa apoiada pela Oncológica do Brasil. Ao longo deste mês, as unidades da Oncológica do Brasil e as redes sociais da instituição estarão fazendo o alerta para a realização do exame preventivo a esse tipo de câncer e informações sobre o tratamento. 

O exame de Papanicolau, ou colpocitologia oncológica, faz a coleta das células da região do colo uterino para identificar infecções vaginais ou sexualmente transmissíveis e, principalmente, alguma lesão precursora de câncer de colo uterino, que é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

INCIDÊNCIA NO NORTE

Na análise regional, o câncer do colo do útero é o primeiro mais incidente na região Norte (26,24/100 mil) e o segundo nas regiões Nordeste (16,10/100 mil) e Centro-Oeste (12,35/100 mil). Já na região Sul (12,60/100 mil), ocupa a quarta posição e, na região Sudeste (8,61/100 mil), a quinta posição.

Quanto à mortalidade, é também na região Norte que se evidenciam as maiores taxas do país, sendo a única com nítida tendência temporal de crescimento (figura 1). Em 2019, a taxa padronizada pela população mundial foi de 12,58 mortes por 100.000 mulheres, representando a primeira causa de óbito por câncer feminino nesta região. Nas regiões Nordeste com taxa de mortalidade de 6,66/100 mil, foi a segunda causa e Centro-Oeste, a terceira causa, com taxa de 6,32/100 mil. As regiões Sul e Sudeste tiveram as menores taxas (4,99/100 mil e 3,71/100 mil) representando a quinta e sexta posições, respectivamente, entre os óbitos por câncer em mulheres,

CUIDADOS

O câncer do colo do útero é raro em mulheres até 30 anos e o pico de sua incidência se dá na faixa etária de 45 a 50 anos. A mortalidade aumenta progressivamente a partir da quarta década de vida, segundo informações do Inca.

A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo papilomavírus humano (HPV). A transmissão da infecção pelo HPV ocorre por via sexual.

Uma das principais formas de proteção contra o contágio pelo HPV é o uso de preservativos as relações sexuais com penetração. No entanto,a  contaminação também pode ocorrer por meio do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.

VACINAÇÃO

Além dos cuidados nas relações sexuais, um dos principais mecanismos de prevenção para o câncer de colo de útero, atualmente, é a vacina.

A vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

DETECÇÃO PRECOCE

Tanto a incidência como a mortalidade por câncer do colo do útero podem ser reduzidas com programas organizados de rastreamento e detecção precoce da doença.

O método principal e mais amplamente utilizado para rastreamento do câncer do colo do útero é o teste de Papanicolaou (exame citopatológico do colo do útero).

A experiência de alguns países desenvolvidos mostra que a incidência do câncer do colo do útero foi reduzida em torno de 80% onde o rastreamento citológico foi implantado com qualidade, cobertura, tratamento e seguimento das mulheres.

Fonte: INCA


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