Com dívida em R$ 150 milhões, donos de rede de supermercados buscam recuperação judicial em MS

Processo corre na vara falências, recuperações e insolvências do Estado


Correio do Estado

Inauguração de um dos supermercados, em Dourados, 2015 - Foto: Divulgação

O grupo J Chagas, detentor da rede de supermercados Chama e atacarejos Fogo, com sede em Naviraí, interior de Mato Grosso do Sul, declarou junto à vara de falências, recuperações e insolvências do Estado, uma dívida de R$ 152.483.784,61.

No documento, os detentores dos supermercados declararam que o princípio da crise econômico-financeira vivenciada pelo grupo teve início em 2020, acirrada pela pandemia de  covid-19. O pedido de recuperação é buscar um acordo com os credores dos donos a fim de evitar que o empreendimento quebre de vez. 

Dentre as dívidas apontadas pelo grupo, estão as atribuições  bancárias e os débitos com credores, que superam a faixa dos R$ 50 milhões. Em justificativa, os detentores da J Chagas destacaram que “os valores se sobrepõem às suas capacidades financeiras neste momento, o que sustenta o pedido de recuperação judicial.

Entre outras justificativas, o documento destaca que o grupo, de posse de alguns fazendeiros, realizou o maior investimento financeiro recentemente, que não superou 30% do que era almejado para a unidade, “como reflexo da pressão inflacionária e da taxa de juros elevada, reduzindo o poder de compra dos consumidores.”

Do mesmo modo, no último ano o Supermercado Chama e o Atacarejo Fogo instalados em Corumbá, próximo à maior fronteira com a Bolívia, “também não performaram o quanto foi esboçado investido pelo Grupo”, destaca outro trecho.  

Atualmente, no setor supermercadista o grupo possui 10 unidades, sendo 3 atacarejos e 7 supermercados com cerca de 800 colaboradores diretos, atendendo uma população de aproximadamente 160.000 clientes mensalmente, presente nas cidades de Naviraí, Iguatemi, Caarapó, Corumbá, Ladário, Maracaju, além da fronteira boliviana. Na atividade rural agropecuária, os Produtores Rurais contam hoje com duas fazendas onde estão divididas cerca de 700 cabeças de gado. 

O grupo exerce a circulação de produtos regionalmente no Estado do Mato Grosso do Sul, “fomentando a atividade econômica através de emprego aos trabalhadores,pagamento de impostos, estimulando o desenvolvimento regional e nacional”, destacou a empresa. 


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