Zeca do PT condena invasão de terras produtivas e recebe repúdio de Terenas em MS



O deputado estadual Zeca do PT condenou a ocupação de indígenas em terras produtivas no interior de Mato Grosso do Sul. Então, recebeu repúdio do Conselho Terena de MS e da Assembleia de Mulheres Guarani e Kaiowá de MS.

Durante o grande expediente da quinta-feira (9), o deputado afirmou que “é uma barbaridade o que estão fazendo com o companheiro Raul e sua fazenda em Rio Brilhante”. Assim, pontuou que “não se tem nenhum estudo antropológico definido para dizer que é terra indígena”.

O deputado comentou sobre a situação. “Dois ônibus com aproximadamente 80 indígenas derramados lá, agora trancaram o portão, ocuparam a sede da fazenda de 800 hectares”. Segundo ele, os indígenas estão “proibindo Raul e sua família de tirar de lá, aproximadamente 7 mil sacas de soja que foram colhidas. E pior, proibindo consequentemente de plantar o milho”.

Comunidade indígena repudia falas
Em nota de repúdio, o Conselho Terena considerou as falas como ataques. “Não podemos aceitar que um deputado estadual, eleito também por meio de votos indígenas, agora se manifeste contra os direitos originários e legítimos do povo Guarani Kaiowá”, afirma o grupo da comunidade.

“É inadmissível que, aqueles que se identificam como parceiros da luta indígena durante suas campanhas, se omitam agora, quando o pilar principal de nosso movimento é atacado por seu companheiro de bancada. A luta pela Mãe Terra é a mãe de todas as nossas lutas. A demarcação das terras indígenas é nossa principal bandeira. Não admitiremos ataques aos nossos princípios e lutas”, diz a nota.

Então, o Conselho solicita “imediata reparação do deputado frente às inverdades e insultos proferidos, bem como manifestação urgente do Partido dos Trabalhadores (PT) e sua bancada estadual e federal no MS”.

Por fim, a Assembleia de Mulheres Guarani e Kaiowá compartilhou a fala do deputado. "O estado de Mato Grosso Do Sul é indígena! E a Retomada Legítima Laranjeira Nhanderu é terra indígena Guarani e Kaiowá”, afirmaram em nota.

 


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