Agronegócio chegará ao fim se marco temporal não for aprovado, diz ministro



Em agenda na Expoagro Digital de Dourados nesta quinta-feira (16), o ministro do Turismo Gilson Machado Neto afirmou que se o marco temporal não fora aprovado haverá o fim do agronegócio brasileiro. O marco define demarcação de terras indígenas.

"Se não for aprovado vai decretar praticamente o fim do agronegócio no Brasil, vai gerar um período de muitas inseguranças alimentares no mundo todo, porque o Brasil é um celeiro do agro", disse o ministro.

Ao chegar na Feira de exposições, que neste ano ocorre de forma híbrida (parte presencial e online), o ministro subiu numa colheitadeira e falou com a imprensa.

Ele criticou o marco temporal. Os ministros do STF vão decidir se as demarcações de terras indígenas devem seguir ou não a tese do "marco". Defendida por ruralistas, esta interpretação considera que os indígenas só teriam direito à terra se estivessem sob sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

Produtor rural, o ministro Gilson Machado ainda defendeu a categoria. "O Brasil produz, hoje, um de cada cinco pratos de alimentos no mundo. E temos 14% de suas terras destinadas a reservas indígenas. Se tiver mais 14% com esse marco temporal, o agronegócio terá o fim no Brasil", reiterou.

No período da noite, o ministro irá participar de palestra na Expoagro Digital. Ele estava acompanhado do senador Nelsonho Trad, dos deputados estaduais Cronel David e Marçal Filho, do secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel, e do presidente do Sindicato Rural de Dourados, Ângelo Ximenes.

 

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