Marmitaria investigada ficou inativa durante 4 anos até assumir contrato com a Funsaud



Delegado regional de combate ao crime organizado, Fabrício Rocha, e o delegado Denis Colaris, responsável pela operação Purificação. Foto: Vinicios Araújo

A empresa Marmiquente Comércio de Bebidas e Alimentos Ltda. ficou inativa entre os anos de 2013 e 2017, quando foi acionada para assumir o contrato com a Fundação de Saúde de Dourados (Funsaud). 

O objeto do contrato era o fornecimento de marmitas para pacientes e funcionários da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e Hospital da Vida. Segundo o delegado Denis Colaris, responsável pela Operação Purificação, deflagrada nesta manhã (12), o contrato efetivava um repasse de R$ 1,8 milhão por ano.

A empresa prestou os serviços em 2017 e 2018. A Polícia Federal acredita que tenha ocorrido um direcionamento para a conquista do certame. 

O detalhe que chamou atenção dos investigadores foi o fato da empresa ter sido reativada apenas para a disputa pelo contrato, no qual foi a única inscrita. 

“Qualquer cidadão mediano não vai achar normal que uma empresa que não tem funcionários e nem equipamentos ganhe uma licitação de R$ 1,8 milhão e ainda alugar o imóvel após ganhar a licitação”, afirmou o delegado.

As investigações estão em fase inicial, conforme afirmou Colaris, e a expectativa é de que novos fatos surjam para esclarecimentos das evidências encontradas. 

OPERAÇÃO

A Operação Purificação, deflagrada nas primeiras horas da manhã de hoje (12), investiga um suposto esquema de corrupção em licitação para a aquisição de refeições a pacientes e funcionários de hospitais do município. 

Os crimes investigados são de estelionato qualificado (art. 171, parágrafo 3º), uso de documento falso (art. 304) e associação criminosa (art. 288), todos do Código Penal, além de fraude à licitação (art. 90 da Lei 8.666/90). 

PURIFICAÇÃO 

O nome da operação refere-se a depurar, expurgar, sanear, os processos licitatórios no âmbito da prefeitura de Dourados com verba federal.


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