PEDRAS x VIDRAÇAS, por Carlos Augusto de Souza



Rosana e Carlos Agusto

Um ditado popular muito usado em política diz assim; “atirar pedra em vidraça é fácil, quero ver é ser vidraça!”. Realmente quem está no poder político administrativo deve estar preparado para ser vidraça, porque a oposição com certeza não vai deixar nada “barato”. Cada oportunidade de criticar vai ser potencializada. 


Ora, isto com certeza em muitos municípios vai ser uma situação digna de assistir de “camarote”, pois, após longos anos no poder, um grupo é obrigado a sair do cenário político (do poder) pela força do voto. E agora, ficam torcendo para tudo dar errado – ou não?! – e depois de longos anos de poder, ainda com as cicatrizes das últimas “pedradas”, começam a “catar pedras” para jogar na mais nova “vidraça” do município. 


Agora resta saber se esta “vidraça” está preparada para receber as pedradas.  Na verdade, somente o tempo vai nos dizer isto. As “pedradas” vem aí... e podem ser um temporal... 


Para que não aconteça a reviravolta dos vidros que viraram pedras e vice-versa, a atual administração municipal que passou por este processo de mudança, deve trabalhar muito em prol do município, com dignidade, honestidade e transparência. Pois, com certeza, já existem comentários nada agradáveis contra o poder público em vários municípios. 


Pode ser que haja uma grande dose de maledicência. Ou já são “pedradas”? Será? Com maldade ou sem maldade, verdade ou mentira, “pedras pesadas ou sem peso”, existem muita “gente” dizendo estar descontente com a oposição e com a situação.

 

A minha maior preocupação é que algumas pessoas comecem a disseminar mais um ditado – o da coleira – aí eu vou comprar a “parada”, pois, temos de dar tempo ao tempo e acreditar nas pessoas que se comprometeram com a população. Devemos manter acesa a chama da esperança nas pessoas de bem dentro da política que ainda são bem-intencionadas. 

 

Principalmente, lembrá-las das necessidades de mudança política para promover ações positivas, indo ao encontro das expectativas e bem-estar geral de um povo, mudança de valores éticos de um sistema no mínimo inoperante, e assim por diante. 

 

A vida é como uma gangorra, cheia de altos e baixos. Um dia somos pedras, no outro somos vidraças. Temos de nos  preparar para todas as circunstâncias. Quando estivermos embaixo, devemos pensar que um dia estaremos lá em cima. Então, porque hoje não nos tornamos pedras que apóiam a vidraça, para que ela fique mais firme e mostre com toda transparência e luz o interior do ambiente público?  Dando tempo ao tempo estaremos também, fortalecendo- nos como pedras. E, se algum dia precisarmos olhar o interior do ambiente e as vidraças estiverem sujas, estaremos aptos para ajudar a limpá-las. 

Mas, se somos vidraças atualmente e em algum tempo fomos pedras, resta saber agora qual foi nossa atitude como pedra? Quebrávamos vidro limpo e vidro sujo? Era tão somente importante quebrar a vidraça? Os vidros estavam sujos realmente? Que resultados esperam agora como vidraça, enquanto “lá fora” existem nuvens de pedras se preparando para o ataque? 

Somente a dignidade, a honestidade, a humildade, a competência, a labuta diária, a transparência poderá fortalecer as vidraças contra qualquer “chuva de pedras”. Eis o “guarda-chuva” correto de se usar nessas circunstâncias! 

 

 Por Carlos Augusto de Souza

 


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