Feto calcificado estava alojado fora do útero e mulher suspeitava de tumor


Dourados Agora

Daniela Almeida Vera, a mulher de 81 anos, que carregou um feto calcificado na barriga há mais de 56 anos, deu entrada no dia 14 de março na unidade apresentando infecção grave. O caso aconteceu na cidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, sendo extremamente raro na medicina.

Feto calcificado foi implantado fora do útero
Médicos encontraram o feto calcificado após exames (Foto Divulgação)

Conforme o Hospital Regional Dr. José de Simone Netto, de Ponta Porã Após realização de exames, durante tomografia computadorizada foi diagnosticada presença de feto calcificado – condição rara chamada de litopedia, consequência de uma gravidez ectópica (gestação em que o óvulo fertilizado é implantado fora do útero) que evolui para morte fetal e calcificação. 

Ela dizia a familiares que suspeitava de um tumor que se mexia como um filho. Como morava em assentamento, não tinha hábito de ir ao médico e também tinha medo de investigar o que poderia ser.

Os médicos acreditam que a situação pode ter se originado em uma gravidez atópica quando o óvulo fertilizado é implantado fora do útero, que evolui para morte fetal e calcificação.

Após sofrer quedas em casa, passou a desenvolver uma espécie de quadro infeccioso, o que motivou ida a hospital. Foi a partir daí que exames foram realizados e a descoberta do feto calcificado.

Com a infecção constatada, equipe médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) decidiu pela realização cirúrgica de emergência, com a finalidade de remover o feto e controlar o processo infeccioso.

Em virtude da Sepse apresentada – doença potencialmente grave desencadeada por uma inflamação que se espalha pelo organismo diante de uma infecção -, a cirurgia foi adotada como medida para tentar impedir o óbito da paciente, no entanto, sem sucesso.


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