Prefeitos de MS decidem retornar de forma on-line por mais 30 dias antes da volta às aulas presenciais



Willams Araújo

Durante assembleia-geral ocorrida na tarde desta terça-feira (23), na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, os prefeios decidiram retornar de forma on-line por mais 30 dias antes da volta às aulas presenciais nas escolas municipais. 

A decisão saiu depois de exaustiva discussão sobre o cumprimento do protocolo de biossegurança, uma vez que a maioria dos presentes à reunião entendeu que esse não é momento oportuno para o retorno do ano letivo diante da gravidade da pandemia do novo coronavírus.  

Além disso, os gestores preferem aguardar a continuidade do calendário de vacinação no Estado.

Por meio de deliberação, a diretoria da Assomasul entende necessária a prorrogação para iniciar as aulas em abril para que os municípios se adequem ao Protocolo de Retorno as Aulas, entre outros aspectos, diante da dificuldade de entrega dos insumos e EPIs (equipamento de proteção individual) licitados para cumprir as exigências de biossegurança.

A ideia inicial defendida por alguns era que os municípios seguissem o calendário escolar defendido pela SES (Secretaria de Estado de Educação), que prevê volta às aulas no dia 1º de março.

Antes da votação sobre o retorno às aulas ou não, o presidente da Assomasul e prefeito de Nioaque, Valdir Júnior, ouviu atentamente a opinião dos colegas.

Outra justificativa apontada na reunião foi a eleição de 38 novos prefeitos, uma vez que não houve tempo suficiente para ter transição de cargos.

"Outro problema são as aulas remotas. Aquidauna tem dificuldade até de sinal de celular, imagine sinal de internet", acrescentou. 

O prefeito de Douradina, Jean Fogaça, sugeriu o retorno às aulas somente quando todos os professores forem vacinados. Ele também pontuou as dificuldades para o cumprimento do calendário escolar alegando uma série de fatores.

O prefeito de Aquidauana, Odilon Ribeiro, falou de sua preocupação com relação ao tema, lembrando que seu município conta com 6 mil alunos, quase 900 funcionários na Educação e sugeriu equilíbrio no momento como forma de prevenir novas contaminações, principalmente de professores e alunos.   

Odilon também acha complicado o controle de crianças com uso de máscaras e distanciamento social, a exemplo de outros colegas prefeitos que se manifestaram no encontro.


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