90% dos casos de câncer de próstata têm cura na fase inicial, orienta médico oncologista da Unifesp

O professor da Unifesp, Ramon Andrade de Mello, ressalta a importância do diagnóstico precoce



Considerada uma doença da terceira idade, o câncer de próstata ocorre em 75% dos casos no mundo a partir de 65 anos de idade. "Entretanto, o seu rastreamento deve ser feito a partir dos 45 anos por todos os homens. Para os pacientes negros ou com histórico familiar da doença, os exames precisam ser realizados a partir dos 40 anos de idade", recomenda o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).

Estimativas do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) apontam o registro de 65.840 novos casos em 2020, colocando este tumor como o segundo em mortalidade. O aumento do diagnóstico e a melhoria na qualidade dos sistemas de informação no país são fatores que contribuíram para o crescimento nas taxas de incidência no Brasil.

O oncologista explica que o exame que avalia a quantidade do antígeno prostático específico, conhecido como PSA, faz parte de uma primeira avaliação com o especialista: "O toque retal é outro procedimento, ainda muito estigmatizado pelos homens. Mas é preciso lembrar que o exame é rápido e fundamental para o diagnóstico. Ele permite que o médico perceba se há nódulos ou tecidos endurecidos".

Ramon de Mello lembra que dificuldade ou urinar mais vezes durante o dia ou à noite podem ser sintomas dessa doença: "É importante ressaltar que alguns pacientes sequer apresentam qualquer mudança na fase inicial. Por isso, a recomendação de exames periódicos como forma de prevenção".

Sobre Ramon Andrade de Mello
Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).

O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology - ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology - ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology - ASCO).

O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP).

FONTE: Ex-Libris Comunicação Integrada

 


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