Profissionais que atenderam primeira vítima de Covid-19 também contraíram doença, diz secretário

Geraldo Resende garantiu que novos leitos de UTI serão abertos para reforçar atendimento



Secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende - Foto: Álvaro Rezende/Correio do Estado

Dois profissionais de saúde que atenderam Eleuzi Silva Nascimento, 64 anos, primeira pessoa que morreu em Mato Grosso do Sul por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, também contraíram a doença. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou o óbito nesta terça-feira (31).

Segundo o titular da SES, Geraldo Resende, o contágio ocorreu em Nova Andradina, onde Eleuzi foi internada antes de ser transferida para Dourados, cidade em que faleceu na manhã de hoje. “Esses profissionais estão bem e vão ser colocados em isolamento domiciliar para cumprir a quarentena”, destacou.

A falta de ventilador pulmonar levou à transferência da idosa para a segunda maior cidade do Estado. “Estamos trabalhando para adquirir mais ventiladores pulmonares, intimando fornecedores, para colocar à disposição da população em Dourados, Campo Grande, Corumbá, Três Lagoas, Nova Andradina, Paranaíba, Costa Rica, Naviraí e Coxim”, explicou.

Mais 145 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devem ser abertos nos próximos dias para reforçar o atendimento aos pacientes que contraíram o novo coronavírus. Resende ainda ressaltou a necessidade das pessoas continuarem em casa para evitar que a pandemia avançe ainda mais.

“Nesses três meses de combate, com colaboração das secretarias estadual e municipais, de órgãos públicos e organizações não-governamentais, esta é a primeira morte de Mato Grosso do Sul, o que mostra que as medidas de restrição estão dando certo. Não está ocorrendo transmissão comunitária no Estado, o que demonstra que o crescimento do número de casos é pequeno comparado às previsões de epidemiologistas. Isso mostra que as pessoas estão colaborando, então reforço para que a população fique em casa. Esse é o melhor caminho para manter a situação sob controle”, reiterou.

O secretário pediu ainda que os prefeitos mantenham as medidas de restrição e resistam à pressão, já que o pico da pandemia está previsto para ocorrer entre o fim de abril e início de maio.


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