Governo do AM confirma 42 detentos mortos em 4 presídios nesta segunda-feira

Neste domingo (26), após briga entre grupos de presos, foram registradas outras 15 mortes de detentos dentro do Compaj



Familiares se aglomeraram em frente a um dos portões do Compaj (Foto: Francisco Rodrigues/Divulgação)

Neste domingo (26), após briga entre grupos de presos, foram registradas outras 15 mortes de detentos dentro do Compaj. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) realizou uma intervenção em todo o sistema prisional no IPAT, CDPM1 e UPP.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que iniciou investigações para identificar os responsáveis pelas mortes registradas, no domingo, no Compaj. Da mesma forma, conforme o Governo do Amazonas, serão abertas investigações para identificar as circunstâncias e autorias das mortes registradas nesta segunda-feira.

O resultado das investigações serão encaminhados à Justiça, conforme o Governo do Estado. A Seap informou, também, que vai adotar medidas disciplinares nos presídios.

A Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) informou que o governador do Amazonas, Wilson Lima, conversou com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, na tarde desta segunda-feira, e solicitou auxílio do Governo Federal para as prisões do Estado com reforço da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP).

Em função do ocorrido ontem, a secretaria aplicou uma série de medidas administrativas em todas as unidades prisionais do estado, entre elas, a suspensão das visitas.

Visitas suspensas – O defensor público-geral do Amazonas, Rafael Barbosa, disse que a suspensão visa a garantir a integridade dos presos e de seus parentes. Barbosa também afirmou que a principal suspeita das autoridades estaduais é que a disputa entre presos esteja ligada à disputa entre facções criminosas.

“Acho bem prudente a conduta de evitar [as visitas], pelo menos por enquanto. Até que as investigações sejam finalizadas e saibamos o que de fato aconteceu”, disse o defensor público-geral.

Na avaliação dele, vai ser difícil que o Estado retome o controle dos presídios. “As facções criminosas realmente já se ramificaram e tem um poder muito forte”, disse.


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