Mãe de Kauan é indiciada por abandono e maus-tratos de três filhos

Família ficou conhecida pelo assassinato do menino de nove anos


Por Correio do Estado

Reconstituição do crime de Kauan em agosto de 2017 - Foto: Valdenir Rezende / Arquivo Correio do Estado

Denúncias feitas contra Janete dos Santos Andrade, 38 anos, mãe do menino Kauan (assassinado e esquartejado em 2017) por abandono e maus-tratos aos três outros filhos resultaram na perda da guarda e encaminhamento dos menores para um abrigo. 

Segundo a delegada Marília de Brito Martins, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), além do processo investigativo, uma diligência feita até a casa de Janete confirmou a situação enfrentada pelas crianças: um bebê de 11 meses, uma menina de 5 anos e um menino de oito anos. 

"Quando a equipe chegou no local as crianças estavam literalmente abandonadas e foram encaminhadas para a delegacia. Aqui, durante o atendimento psicológico, as vítimas mais velhas confirmaram que não iam há muito tempo na escola e não tinham o que comer", detalha. 

Diante da situação, o conselho tutelar da Criança e do Adolescente foi acionado e os irmãos encaminhados para um abrigo, no qual permanecem há quatro meses. "O depoimento das crianças e de testemunhas que acompanhavam a forma como eram tratadas foram decisivas para o andamento do inquérito", conclui a delegada.

CASO KAUAN

Kauan desapareceu no dia 25 de junho de 2017 e a investigação policial apontou que ele foi violentado por um homem e quatro adolescentes. O corpo teria sido esquartejado e jogado no Córrego Anhanduí e nunca foi encontrado.
Conforme publicado pelo Correio do Estado, o desfecho sobre o caso foi divulgado pela Polícia Civil, em uma coletiva de impensa, no dia 25 de agosto, após dois meses do desaparecimento do garoto. 

As investigações apontaram que Kauan morreu por asfixia enquanto era estuprado, foi violentado sexualmente em grupo, mesmo depois de morto e acabou esquartejado duas vezes para que o corpo nunca fosse encontrado. 

O professor Deivid Almeida Lopes, 38 anos foi condenado a mais de 66 anos de prisão em regime fechado pelo estupro e morte do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, então com 9 anos. A sentença foi proferida no dia 28 de junho de 2018, pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande.


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