Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (25) mostram que Mato Grosso do Sul possui a terceira maior incidência de casos de dengue do Brasil. O Estado figura com 368,1 casos para cada 100 mil habitantes, atrás apenas do Tocantins com 602,9 casos/100 mil habitantes e do Acre com 422,8 casos/100 mil habitantes.
É considerada alta incidência da doença quando se registra mais de 100 casos por 100 mil habitantes.
Nesta condição também estão: Goiás com 355,4 casos/100 mil habitantes, Minas Gerais com 261,2 casos/100 mil habitantes, Espírito Santo com 222,5 casos/100 mil habitantes e Distrito Federal com 116,5 casos/100 mil habitantes.
Mato Grosso do Sul conta com um aumento nos casos de dengue de 912,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. Conforme dados do Ministério da Saúde, até o dia 16 de março, de 2019, o Estado notificou 10.116 casos da doença. Já no mesmo período de 2018, foram 999 casos.
São cinco óbitos pela doença até ao momento no Estado. O Boletim epidemiológico da Ses (Secretaria de Estado de Saúde) mostra quatro sendo dois em Campo Grande e dois em Três Lagoas. Dourados registrou morte por dengue hemorrágica, de um garoto de 11 anos, na madrugada de sexta-feira (22), marcando o quinto óbito pela doença.
A região sudeste é a que mais apresenta casos prováveis da doença sendo 149.804 casos (65,4 %) seguida das regiões Centro-Oeste, com 40.336 casos (17,6 %), Norte com 15.183 casos (6,6 %), Nordeste com 17.137 casos (7,5 %) e Sul com 6.604 casos (2,9 %). As regiões Centro-Oeste e Sudeste apresentam as maiores taxas de incidência, com 250,8 casos/100 mil hab. e 170,8 casos/100 mil hab., respectivamente.
O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber, fez um alerta a necessidade de os profissionais da área da saúde estarem atentos quanto ao aumento do número de casos.
“O Brasil vem de dois anos seguidos com baixa ocorrência de dengue, portanto é necessário que os profissionais de saúde estejam atentos a esse aumento de casos. É preciso que eles estejam mais sensíveis e atentos para a dengue na hora de fazer o diagnóstico. Quanto mais cedo o paciente for diagnosticado e der início ao tratamento, menor o risco de agravamento da doença e de evoluir para óbito”, disse.
Apesar do aumento expressivo no número de casos, a situação ainda não é considerada uma epidemia. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, no último ano de epidemia no país, em 2016, foram registrados 857.344 casos da doença no mesmo período.
OUTRAS DOENÇAS
Mato Grosso do Sul também registrou aumento no número de casos notificados de Chikungunya, em comparação com o mesmo período do ano passado. Conforme dados do Ministério da Saúde, até o dia 16 de março, de 2019, o registro é de 88 casos. No ano anterior, até o dia 16 de março foram 72 casos.
Já o número de casos notificados de Zika Vírus diminuiu. Até 16 de março de 2019, o registro é de 23 casos. No ano anterior, o total era de 26.
