Dengue tipo II volta com força e causa surto com 11 mil casos em MS



Em Dourados os bairros com maior registro da doença são: Água Boa, Jardim dos Estados, Parque das Nações II e 4º Plano

A volta da circulação do virus tipo II da dengue, após cerca de 10 anos, causa surto em Mato Grosso do Sul com 11,1 mil casos da doença, segundo último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado. O número ja é superior ao total registrado durante todo o ano passado (10,7 mil). Até agora foram confirmados 4.309 casos de dengue no Estado.

Ao todo 20 cidades estão com alta incidência da doença e outras 25 estão em estado de alerta. É o caso de Dourados. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a cidade registrou um número sete vezes maior esse ano. Foram 43 casos em 2018 e 301 em 2019. Enquanto durante o ano todo de 2018 foram confirmados 22 casos, esse ano os números de testes positivos é 126.

De acordo com o gerente de Vigilância Epidemiológica de Dourados, Devanildo de Souza, o motivo para o surto está relacionado a volta da circulação do vírus tipo II. Ele explica que visitantes de outras regiões podem ter trazido o vírus. Segundo ele, se a população não ajudar no combate à dengue, Dourados, que já vive um surto e o Estado podem avançar para uma uma epidemia.

Em Dourados os bairros com maior registro da doença são: Água Boa, Jardim dos Estados, Parque das Nações II e 4º Plano. Nesses locais a atenção foi redobrada, segundo a coordenadoda do Centro do Controle de Zoonozes de Dourados (CCZ) Rosana Alexandre da Silva. Segundo ela, após bloqueios químicos, aplicação de multas e ações de limpeza, o número de casos estabilizou nessas regiões de surto. Ela também atribui o auxílio da população nesse combate, já que tem denunciado situações de imóveis fechados e terrenos baldios, entre outros.

MS

De uma semana para outra o número de cidades em alta incidência da doença passou de 10 para 20, ou seja, dobrou. São elas: Figueirão com incidência de 2.602,6 casos a cada 100 mil habitantes, Três Lagoas (1878,1), Sidrolândia (1597,0), Vicentina (1513,4), Camapuã (1009,4), Água Clara (966,6), Corguinho (869,7)Selvíria (778,0),Rochedo (737,0), Aparecida do Taboado ( 653,1), Campo Grande (644,4), Mundo Novo (600,3)Coxim (534,2), Itaporã (476,8), São Gabriel do Oeste (395,3), Anaurilândia (354,0), Aral Moreira (345,0), Ribas do Rio Pardo (343,3), Brasilândia (326,6) e Fátima do Sul (316,7). Até agora um caso de morte por dengue foi confirmado em mato Grosso do Sul. Trata-se de uma idosa, de 76 anos, moradora em Três Lagoas.

A Secretaria de Saúde do Estado alerta que os sintomas da dengue tipo 1, 2, 3 e 4 são sempre os mesmos, mas sempre que a pessoa adquire dengue mais de 1 vez os sintomas se tornam mais intensos porque existe o risco de dengue hemorrágica.

Nas ações desenvolvidas pelo Estado, estão liberação de insumos (medicamentos, soro fisiológico e sais de reidratacao oral), UBV pesado (fumacê), inseticida, capacitações, uniformes para os agentes, materiais de divulgação para população, divulgacao de boletins, apoio logístico aos municípios, ativação dos comitês. A Secretaria alerta ainda que a população tem que fazer tudo o que for possível para evitar a reprodução do mosquito da dengue, evitando todos os focos de água parada dentro de suas casas. Segundo o órgão, não adianta as Secretárias Municipais e o Estado oferecer toda estrutura se a população não fizer a sua parte. Com a vacina em fase de testes a única forma de combate é a prevenção.


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