Ação contra André Puccinelli e mais 40 pessoas é rejeitada pela Justiça


Por Dourados News

Foi rejeitada pela Justiça Federal a denúncia contra o ex-governador André Puccinelli (MDB) e mais 40 pessoa, totalizando prejuízos de danos materiais a ser ressarcido de R$ 308,8 milhões. O documento, desdobramento da operação Lama Asfáltica, foi devolvido ao MPF (Ministério Público Federal), que deve “fatiar” a denúncia.

De acordo com o Campo Grande News, no despacho, o titular da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, Bruno Cezar da Cunha Teixeira, explica que se valeu do artigo 80 do Código de Processo Penal, que faculta ao juiz a separação processual conforme reputar conveniente. “O oferecimento da denúncia monolítica poderá dificultar o trabalho judiciário até o nível do irrazoável”, afirma.

O MPF já havia sugerido o desmembramento da ação em pelo menos três processos, num total de quatro ações. Para o magistrado, caso acatado o requerimento, o modelo de divisão tornaria a descrição muito extensa, prejudicando a compreensão do essencial das imputações.

“Rejeito a denúncia em razão do reconhecimento de sua inépcia, considerando que foi oferecida monoliticamente, mas com requerimento de desmembramento que, caso acatado, tornaria sua descrição muito extensa”, diz o juiz no despacho.

André Puccinelli e as 40 pessoas foram denunciadas por crimes previstos na Lei de Licitações e Contratos, Lei dos Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Lei das Organizações Criminosa e no Código Penal.

As denúncias são relativas à obras na MS-040, fraudes no Aquário do Pantanal, fraudes nas contratações sem licitação com a Gráfica Alvorada e organização criminosa.

Resultado de uma força-tarefa, formada por PF (Polícia Federal), CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal, a Lama Asfáltica contabiliza 57 denunciados e 11 presos, sendo quatro mulheres em prisão domiciliar.

Ainda conforme o site, a lista dos que estão atrás das grades tem André Puccinelli, André Puccinelli Júnior (advogado), João Paulo Calves (advogado), Edson Giroto (ex-deputado federal e ex-secretário de Obras), João Alberto Krampe Amorim dos Santos (empresário), Flávio Henrique Garcia Scrocchio (empresário) e Wilson Roberto Mariano de Oliveira (servidor).


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