Polícia conclui inquérito da execução de investigador e buscas continuam


Por G1 MS

Polícia Civil concluiu o inquérito que apura a execução do investigador Wescley Dias Vasconcelos, de 37 anos. No entanto, as buscas por suspeitos continuam, já que alguns integrantes e o mandante do crime não foram localizados, conforme afirmou ao G1 o delegado Márcio Obara, da Delegacia Especializada de Repressão à Homicídios (DEH).

Há cerca de 10 dias, conforme a polícia, um suspeito se apresentou no Paraguai. Em um primeiro momento, houve a desconfiança do envolvimento na morte de Wescley. No entanto, o homem negou os questionamentos e a investigação não encontrou provas da participação dele, sendo que o suspeito permaneceu preso pela prática de outros crimes.

Antes, no mês de março deste ano, um casal também foi preso com a suspeita de envolvimento no crime. O homem de 53 anos e a mulher, de 29, foram flagrados com armas no Paraguai. Ainda conforme Obara, uma pessoa permanece presa e inclusive já está em fase processual na Justiça.

Primeiras diligências

Durante as buscas, a força-tarefa que está no município de Ponta Porã atuando na investigação da morte de Wescley, apreendeu um arsenal de armas e prendeu um policial militar. O servidor foi transferido para a capital sul-mato-grossense e responde a processo administrativo, além do indiciamento. Também durante a investigação sobre a execução, a polícia apreendeu um fuzil. Dois suspeitos morreram.

Outro homem que estava na mira da polícia é Sérgio de Arruda Quintiliano, conhecido como minotauro. Ele estaria no Paraguai usando o nome falso de Celso Mateus Espíndola. A investigação ainda o aponta como suspeito de envolvimento no assassinato do traficante Jorge Rafaat, caso que estava sendo investigado por Wescley. Sérgio é procurado pela polícia desde 2012, tendo participação com o contrabando de armas e tráfico de drogas, além de ser ligado a um grupo criminoso que age dentro e fora dos presídios.

Execução

Wescley foi executado no dia 6 de março deste ano, em emboscada no caminho entre a delegacia onde ele era lotado e a casa dele, que são distantes cerca de 600 metros. Ele estava em uma viatura descaracterizada junto com uma estagiária e tinha saído da delegacia para buscar algo em casa. A jovem foi atingida de raspão e passou por cirurgia no Hospital Regional de Ponta Porã.

O corpo de Wescley foi velado em Ponta Porã e depois levado para ser sepultado em Brasília, onde mora a família do policial. Colegas do investigador afirmaram que ele era um policial dedicado e em pouco tempo de serviço passou a integrar o grupo de inteligência da unidade em que trabalhava.


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