Casal acusado de matar criança tem prisão preventiva decretada pela Justiça


Por Dourados News

Foto: Osvaldo Duarte

A Justiça acatou o pedido feito pelo Ministério Público Estadual e decretou nesta sexta-feira (17/8) a prisão preventiva de Joel Rodrigo Avalo Santos, 24, e Jessica Leite Ribeiro, 21, pai e madrasta de Rodrigo Moura Santos, 1, morto na manhã de quinta-feira (16/8) em Dourados.

O rapaz já foi encaminhado à PED (Penitenciária Estadual de Dourados) e a jovem aguarda vaga para um presídio feminino da região. Ambos estavam presos no 1º Distrito Policial desde ontem (16/8).

O casal é acusado de violentar a criança, que não resistiu aos ferimentos.

O laudo do médico legista aponta que o menino sofreu trauma toracoabdominal, choque hemorrágico e laceração hepática, que seria o rompimento de fígado, todos causados por agressões.

Morte da criança

O caso ocorreu na rua Presidente Kenedy, na região da Cabeceira Alegre na manhã de quinta-feira (16/8). 
Conforme as informações iniciais, a madrasta do bebê acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) após ele passar mal.

Quando os socorristas chegaram ao local, a criança estava morta e em seu corpo, havia sinais de violência. 
A perícia foi acionada e constatou hematomas nas costas, cabeça e pescoço.

O menino foi levado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), onde constatou-se a morte violenta. 

Defesa

Em entrevista ao Dourados News na manhã desta sexta, o advogado de Joel, Vitor César Cáceres, relatou que o rapaz disse ser “um trabalhador preso com o filho sendo enterrado”

Por conta da ampla repercussão do caso durante esta quinta-feira (16), a defesa do pai da criança se preocupa com a condenação social fortemente presente nas redes sociais. 

“O que precisamos pontuar nesse exato momento é a condenação social, principalmente nas redes sociais. Já existem várias condenações contra o Joel, o chamando de monstro, enquanto os fatos não se elucidam”, contou. 

Em conversa com o cliente, Vitor relatou à reportagem que foi informado veementemente da inocência do pai do bebê. 

“Ele me garantiu que não estava em casa. Por trabalhar como padeiro saiu por volta das 6h e cerca de uma hora e meia depois recebeu uma ligação da sogra informando que o filho estaria passando mal. Quando chegou na casa já havia polícia, Samu e foi informado de que a criança estaria morta”, explicou. 

O advogado ressalta que durante a conversa Joel deixou claro que antes de sair de casa a criança estava bem, dormindo e não havia nenhum sinal preocupante. “Eu não posso acusar ninguém, eu não posso acusar Jéssica, eu não posso acusar ninguém porque eu não estava lá”, disse Joel ao advogado. 


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