Chefe e subchefe da polícia Paraguai são demitidos por suposta proteção a chefe do PCC

Eles estariam dando proteção a Pisca, chefe regional do PCC


Por Midiamax

Chefe e subchefe da Polícia Comissária 4ª, em Assunção no Paraguai, foram destituídos de seus cargos por, supostamente, darem proteção a Eduardo Aparecido de Almeida, o Pisca, de 39 anos, chefe regional do PCC (Primeiro Comando da Capital), preso na última quarta-feira (18), em operação conjunta da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e do Ministério Público paraguaios.

A demissão de Hugo Ayala e do subchefe Hugo Daniel Marin, foi confirmada nessa quinta-feira (19), pela comissária de polícia, Elisa Ledesma, relações públicas da instituição policial. O comandante geral da Polícia Nacional do Paraguai disse que o caso será investigado pelos Agentes de Assuntos Internos da polícia de forma detalhada para esclarecer a situação, conforme informações do Porã News.

Durante a operação que prendeu Pisca, outro brasileiro foi preso, Ricardo Moraes Alves, que segundo a Senad, ambos seriam fugitivos da justiça brasileira e se encontravam refugiados no Paraguai, pois lá contavam com a proteção de alguns altos chefes da Policia Nacional do País.

A operação ocorreu em razão de um intercâmbio de informações entre a Polícia Federal e a Senad do Paraguai. “Estamos prendendo um elemento muito importante do sistema delitivo do PCC”, disse o titular da Senad, Hugo Vera. Os investigadores encontraram o criminoso em uma casa no bairro Ykua Satí, considerado de alto padrão. Ele tentou escapar pela parte de trás do imóvel, mas acabou capturado.

Pisca é o número 2 do PCC, enquanto a Senad o classificou como “chefe regional”. Segundo a secretaria informou à agência de notícias EFE, o brasileiro contava com seis ordens de captura por delitos ligados ao tráfico de drogas e armas, associação criminosa, sequestro e homicídios.

Como funciona a facção

Denúncia oferecida pelo Ministério Público à Justiça neste mês detalhou o funcionamento da organização criminosa. O documento mostrou que o PCC montou um setor de “recursos humanos”, responsável pela manutenção de um cadastro atualizado de seus integrantes, além de ter organizado cursos de fabricação de bombas e de formar um “time” de matadores profissionais. Os criminosos chegaram a organizar uma espécie de “código penal” para seus membros. O promotor Lincoln Gakyia, que investiga o grupo, definiu o PCC como a maior organização criminosa da América do Sul.


COMENTÁRIOS