Puccinelli, o filho e advogado são presos pela Polícia Federal em Campo Grande

Trio foi encaminhado à Superintendência Regional nesta manhã


Por RENAN NUCCI, do Correio do Estado

Ex-governador quando foi preso pela PF em dezembro do ano passado - Foto: Valdenir Rezende/Arquivo/Correio do Estado

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta sexta-feira, em Campo Grande, a prisão preventiva do ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli. Segundo advogado Renê Siufi, além de André, também foram presos o filho dele, André Puccinelli Júnior, e o advogado João Paulo Calves, em desdobramentos da Operação Lama Asfáltica. Eles foram detidos no início da manhã e encaminhados para exame de corpo de delito.

PRISÃO PASSADA

Está já é a terceira vez que o ex-governador entra na mira da PF, no âmbito da Operação Lama Asfáltica. Em 2016, foi alvo de busca e apreensão e, em novembro do ano passado, ele e o filho foram presos na Operação Papiros de Lama, desdobramento da Lama Asfáltica, que investigava organização criminosa envolvida com desvio de recursos públicos. Conforme Siufi, os mandados de agora seriam resultados de diligências feitas a partir da Papiros de Lama, embora, segundo ele, "não haja fatos novos". 

A polícia investigava nesta operação grupo que desviou recursos públicos por meio do direcionamento de licitações, superfaturamento de obras, aquisição fictícia ou ilícita de produtos, financiamento de atividades privadas sem relação com a atividade-fim de empresas estatais, concessão de créditos tributários com vistas ao recebimento de propina e corrupção de agentes públicos.

Os recursos desviados passaram por processos elaborados de ocultação da origem, resultando na configuração do delito de lavagem de dinheiro. Quando a ação foi deflagrada, foram cumpridos, dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, seis de condução coercitiva e 24 mandados de busca e apreensão. Além de Campo Grande, os alvos estão localizados nas cidades de Nioaque, Aquidauana e São Paulo (SP). Os desvios chegam a R$ 235 milhões. Ainda em novembro, Puccinelli e o filho tiveram habeas corpus deferido pelo Tribunal Regional Federal (TRF-3) e passaram a responder em liberdade.


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