Operação Furacão do Exército está no terceiro dia em Laguna Carapã

Exercícios do Exército na região de Laguna Carapã entram no terceiro dia, para avaliar eficácia e decidir sobre ampliação do Sisfron


Por Campo Grande News

Em carro de combate, homens do Exército observam estrada no município de Laguna Carapã (Foto: Divulgação)

Entrou no terceiro dia nesta quinta-feira (23) a Operação Furacão, desencadeada pelo Exército no dia 21 deste mês para validação do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras). Os exercícios, envolvendo 500 militares e 145 viaturas, ocorrem na cidade e na zona rural de Laguna Carapã, entre os municípios de Caarapó, Amambai e Ponta Porã.

Lançado em 2012 e apresentado a centenas de embaixadores, adidos militares e comandantes de exércitos e polícias de vários países, o Sisfron está sendo desenvolvido em 1.300 km da fronteira com o Paraguai, entre Bela Vista e Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul, mas os sucessivos cortes de recursos atrasaram a conclusão do projeto.

De acordo com a 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada do Exército, que fica em Dourados, a operação é para avaliação técnico-operacional do sistema de monitoramento.

As ações feitas desde segunda-feira incluíram reconhecimento de zona iniciando na BR-163 e posteriormente na MS-280, em direção ao distrito de Nova América (Caarapó) e à cidade de Laguna Carapã.

Entre as atividades, segundo o Exército, estão sendo feios testes de sincronização dos sistemas de comunicações táticas, testes de optrônicos, operações noturnas, além do emprego do radar no reconhecimento de zona.

Ontem ocorreu uma “operação de defesa externa”, com patrulhamento na cidade de Laguna Carapã. A cidade ficou “cercada” pelas tropas, com incidentes fictícios e postos de bloqueios.

Conforme o Exército, essa etapa da validação é necessária para verificar, além das ações e funcionalidade dos equipamentos, a posterior expansão do projeto-piloto às demais brigadas do Comando Militar do Oeste localizadas na faixa de fronteira.

Iniciado em 2012, o Sisfron está atrasado porque só 10% dos recursos previstos foram liberados até o ano passado. Mesmo assim, segundo o Exército, 60% do cronograma foi concluído e a estimativa é de o projeto ficar totalmente operacional até dezembro deste ano.


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