Operação contra corrupção policial tem dois tenentes-coronéis da PM

Policiais estão ligados à cobrança de propina de contrabandistas de cigarro


Por Correio do Estado

Operação do Gaeco desencadeada nesta quarta (16) contra policiais militares - Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado

Entre os 21 mandados de prisão que estão sendo cumpridos pelas forças do Grupo de Apoio Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta quarta-feira (16), existem dois contra oficiais da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. A informação preliminar é de que eles seriam tenente-coronéis, e estariam ligados a esquema de cobrança de propinas de contrabandistas de cigarro.

Um dos outros policiais militares presos nesta mesma operação, denominada Oiketikus, atua em Maracaju, tem a patente de cabo, e em 21 de abril de 2016 chegou a receber a medalha Tiradentes por prestar relevantes serviços à sociedade.

A ação comandada pelo Gaeco tem relação com flagrante realizado em dezembro do ano passado, quando sete policiais militares tornaram-se réus pela prática dos crimes de concussão e sequestro. Eles teriam sequestrado contrabandistas de cigarro paraguaio e cobrado R$ 150 mil para liberar o veículo. Na ocasião, dois policiais militares foram presos pelo Gaeco e interromperam a extorsão que os PMs praticavam.

RÉUS

Foram denunciados, na ocasião, o terceiro sargento Alex Duarte Aguir, os cabos Rafael Marques da Costa, Eduardo Torres de Arruda, João Nilson Cavanha Vilalva e Felipe Fernandes Alves, além dos soldados Lucas Silva de Moraes e Walgnei Pereira Garcia.

Conforme o Ministério Público Estadual, cientes da reprovabilidade de suas condutas, eles exigiram para si vantagem indevida, e, em consequência desta vantagem, deixaram de praticar ato de seus ofícios. Os denunciados ainda sequestraram a vítima Rogério Fernandes Mesquita.


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