MPF pede bloqueio de R$ 950 mil de suspeitos de desviar recursos do HU

Envolvidos foram alvos da Operação Again deflagrada pela Polícia Federal


Por Midiamax

Polícia Federal durante busca e apreensão da Operação Again. (Foto: Arquivo)

O Ministério Público Federal (MPF) constatou que os cofres públicos tiveram prejuízo de R$ 950 mil causados por fraudas em licitações realizadas pelo Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian. Com isso, o órgão pediu o bloqueio deste valor dos alvos da Operação Again, deflagrada pela Polícia Federal em janeiro deste ano.

De acordo com as investigações, o médico cardiologista Mércule Pedro Cavalcanti, que atuava no Hospital Universitário, no Hospital Regional, e na Cassems, participava do esquema na fraude de licitações. O dono da clínica Amplimed, o empresário Pablo Figueiredo, também foi levado durante a operação. Os dois investigados tiveram de colocar uma tornozeleira eletrônica.

O desvio era feito através de fraude em licitações pelos hospitais e envolvia servidores públicos, que recebiam propinas em forma de viagens e transferência de carros de luxo. A clínica Amplimed era favorecida nos esquemas de licitações.

Contratos de 2016 a 2017 apontam um desvio de R$ 3 milhões e 200 mil de um total de R$ 6 milhões, de acordo com a Controladoria Geral da União (CGU). Muitos equipamentos eram superfaturados em 100% de seu valor de mercado.

No entanto, o pedido de bloqueio no valor de R$ 950.380,41 é referente apenas aos danos causados pelas fraudes no Hospital Universitário. “Os quais já estariam suficientes provados pelas evidências trazidas nos autos”, defende o MPF.

Os prejuízos causados ao Hospital Regional e ao Hospital Universitário de Dourados ainda estão sendo apurados, mas a estimativa é de que o valor somado destes desfalques seja de R$ 2,2 milhões.

Estas informações constam em despacho publicado, nesta quarta-feira (9), no Diário Oficial do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.


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