A Justiça aceitou denúncia e 18 pessoas ser tornaram réus por corrupção e lavagem de dinheiro em contratos relacionados ao Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito). A ação se dá dentro das investigações da Operação Antivírus, desencadeada no ano passado em Mato Grosso do Sul e que aponta supost esquema de corrupção no órgão. 

A lista inclui, conforme o Campo Grande News, o ex-deputado estadual Ary Rigo, Gerson Claro Dino (ex-diretor do Detran), Parajara Moraes Alves Júnior (servidor comissionado no Tribunal de Contas do Estado) e Jonas Schimidt das Neves (dono da empresa Digix).

O grupo é acusado de fazer parte de organização criminosa para desviar recursos dos cofres estaduais por meio de contratos firmados entre a Pirâmide Central Informática, empresa que faria a ponte da Digix no esquema, e o Detran.

Na época da operação, realizada em 29 de agosto do ano passado, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) prendeu 12 pessoas, cumpriu 20 mandados de busca e apreensão, apreendeu R$ 121 mil em dinheiro e três celulares com tecnologia anti-espionagem.

Ainda conforme o Campo Grande News, a denúncia foi apresentada em 4 de dezembro de 2017 à 3ª Vara Criminal de Campo Grande.

Na quarta-feira (11/4), o pedido foi aceito pela juíza Eucelia Moreira Cassal. Na decisão, ela negou as dez prisões solicitadas pelo MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Conforme a magistrada, não há fato novo para justificar o decreto prisional e o pedido de prisão para não pôr em risco a instrução criminal também não se justifica.

A juíza estendeu as medidas cautelares para Suely Aparecida Carrilhos Almoas Ferreira (da empresa Digix), José Sérgio de Paiva Júnior (da empresa North Consult) e Parajara. Eles terão que comparecer de forma periódica à Justiça e ficam proibidos de manter contato com os demais denunciados e funcionários do Detran.

Lista 

Os réus são Jonas Schimidt das Neves, Suely Aparecida Carrilhos Almoas Ferreira, José do Patrocínio Filho, Fernando Roger Daga, Anderson da Silva Campos, Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, Gerson Claro Dino, Celso Bras de Oliveira Santos, GersonTomi, Donizete Aparecido da Silva, José Sérgio de Paiva Júnior, Parajara Moraes Alves Júnior, Danielle Correia Maciel Rigotti, Ary Rigo, Claudinei Martins Rômulo, Joao Batista Pereira Lopes, Elso Correa de Souza e Roberto Santos Durães.

Defesas

Conforme o Campo Grande News, a defesa de Gerson Claro e Parajara Moraes informa que a negativa de prisões era esperada. Agora, será preparada defesa a revelar ser a denúncia um tremendo equívoco, originada da compreensão parcial e limitada da acusação. 

A defesa de Ary Rigo nega que ele é sócio oculto da Digix.

A reportagem do site não conseguiu contato com as outras defesas.