Percevejo ainda é ameaça à cultura da soja na região

Segundo especialista ouvido pelo A Gazeta, 70% da cultura não precisa mais de chuva para garantir a produtividade.



Há menos de 20 dias para o início em grande escala da colheita, uma praça, o percevejo, ainda representa uma ameaça real à produtividade da soja, que se projeta para safra recorde em Amambai e região.

Segundo o técnico agropecuário Sérgio Costa Curta, do escritório de assistência técnica Agrotec S.C Ltda., hoje 70% da lavoura de soja de Amambai já está em fase de amadurecimento e não sofrerá mais perda, caso falte chuva.

30% da cultura plantada de forma mais tardia, ainda precisa de um pouco de água para se desenvolver, fator que não deverá ser problema, já que não a previsão de logo período de estiagem para a região.

Em relação ao percevejo, segundo Costa Curta, o produtor deve ficar atento, tendo em vista que as condições climáticas, chuvas frequentes e umidade elevada, favorecem para a proliferação da praga.

Segundo técnico da Embrapa, um dos percevejos de maior poder destrutivo é o da família pentatomidae.

Eles sugam os ramos, hastes, vagens em formação e os grãos, injetando toxinas e inoculando fungos que causam manchas.

De acordo com a Embrapa, quando sugam os ramos e hastes os percevejos pentatomidae provocam também a retenção foliar e dificultam a colheita.

Quando se alimentam das vagens em formação, provocam vagens chochas e secas sem formação de grãos e quando atingem diretamente os grãos, como é o caso das lavoras de Amambai e região nessa época, em que se aproxima o período de colheita, os percevejos provocam murchamento, má-formação e manchas, afetando a produtividade e a qualidade das sementes. As perdas de produtividade em lavouras atingidas pelo inseto podem chegar a até 20%.

Nessa quinta-feira, dia 25, a reportagem do A Gazeta foi à campo e encontrou exemplares de percevejo da família biológica pentatomidae em lavoura de Amambai, um indicativo que a praga está presente.

A pulverização

São três as formas tradicionais usadas pelos produtores rurais para pulverizar as lavouras em Amambai e na região.

Pulverizadores arrastados por tratores, a utilização de Autopropelido, o chamado “Gafanhoto” e por meio de aviação.

Segundo Sérgio Costa Curta o mais eficiente deles é a utilização do Autopropelido, seguido pelo pulverizador arrastado por tratores, porém esta última tende a provocar maior dano na planta.

Para o técnico agropecuário a pulverização aérea leva vantagem em condições climáticas adversas como vem ocorrendo em Amambai e na região, onde as chuvas frequentes deixam o solo encharcado e os maquinários não conseguem entrar nas lavouras, porém tem a desvantagem em relação ao período de atuação.

Os horários recomendados para a aplicação de defensivos agrícolas em caso de sol é até as 9h da manhã e a partir das 16h.

Tratores e Autopropelido podem trabalhar a noite e às madrugadas, já o avião precisa da luz do dia para realizar a pulverização.

Fonte: A Gazeta News


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