Assassinos estupraram mulher sem saber 'se ela estava viva ou morta'

Vítima foi golpeada com um facão no pescoço, violentada e teve parte do corpo queimado


Correio do Estado

Caseiro e filhos tiveram a prisão preventiva decretada - Foto: Divulgação / Choque

Fátima de Jesus Silveira, 56 anos, esposa do ex-vereador Cristóvão Oliveira, 65, pode ter sido estuprada depois de morta. Laudo de exames que deve indicar se vítima foi violentanda ainda não ficou pronto, no entanto, em depoimento à polícia, Rogério Nunes Mangelo, 19 anos, um dos suspeitos de participação no crime, afirmou que ela foi estuprada por Diogo André dos Santos, 19, após ter sido golpeada com um facão, não sabendo dizer “se ela estava viva ou morta” no momento do crime sexual.

Cristóvão e Fátima foram brutalmente assassinados na tarde de terça-feira (18), no sítio de propriedade das vítimas, localizado na região do Distrito de Aguão, em Campo Grande.

Do crime, participaram o caseiro do sítio, Rivelino Mangelo, 45 anos; os filhos dele, Rogério e Alberto Nunes Mangelo, 20, que tiveram a prisão preventiva decretada; Diogo, morto em confronto com a polícia em Corumbá, e outra pessoa identificada como Gabriel, que segue foragida.

Fátima foi encontrada seminua e com partes do corpo queimado. Ela foi morta com um golpe de facão no pescoço e, para confirmar se houve estupro, perícia criminal recolheu material genético dos principais suspeitos de participação no assassinato.

Rogério afirmou para a polícia que vítima foi estuprada por Diogo e disse ainda que seu pai colocou fogo no corpo para tentar apagar os vestígios da relação sexual, mas não soube confirmar se o pai também cometeu o estupro.

Rivelino nega e afirma que quando viu a vítima caída, já morta, se aproximou do corpo, abaixou as calças da mulher e passou a mão em suas partes íntimas, mas que não houve conjunção carnal porque ele não conseguiu ter ereção, devido a dores e sangramento provocados por um ferimento no pé. Em seguida, ele jogou um copo de gasolina no corpo e ateou fogo.

Diogo e Rogério levaram televisão, revólver da vítima e a caminhonete. A televisão foi deixada na casa de Alberto, onde suspeitos também colocaram fogo nas roupas que estavam sujas de sangue. Alberto informou à polícia que não participou do crime, apenas guardou o objeto e que tinha conhecimento que era produto de roubo.

Rivelino foi preso na Santa Casa, onde estava por conta do ferimento no pé.

LATROCÍNIO

Duplo assassinato aconteceu no Sítio Bem Te Vi, de propriedade das vítimas, localizado no km 24 da MS-080, na região do Distrito de Aguão, em Campo Grande. Ação dos criminosos teve início por volta das 16h de terça-feira e terminou às 18h. Polícia descobriu cerca de duas horas depois.

Segundo depoimento dos suspeitos à polícia, intenção era roubar a casa do casal. Crime foi planejado depois que Rogério foi dispensado dos serviços que prestava no sítio.

 

Rogério afirma que Silveira o dispensou após receber denúncia de que ele seria violento. No acerto, ex-vereador teria ficado devendo R$ 125 e, ao comentar com o pai, ambos decidiram roubar a casa e começaram a planejar o crime por meio de mensagens no WhatsApp. 

 

Diogo ficou sabendo do plano e se dispôs a participar, desde que ficasse com a caminhonete do casal, a qual levaria para a Bolívia, onde tinha contatos. Como não sabia dirigir, ele pediu ajuda ao rapaz identificado como Gabriel para levar o veículo.

 

Já Rivelino diz que sua intenção era matar Silveira, que o teria ameaçado de morte, além de tratá-lo mal. Ele afirmou ainda que o filho deixou o serviço por não aguentar as grosserias do patrão, e que o Rogério e Diogo participaram, pois queriam roubar a casa e o veículo.

 

No dia do crime, quando casal chegou no sítio, Fátima entrou na residência e Silveira foi até o galpão, onde estavam Rivelino e Diogo, e foi surpreendido com um golpe de facão desferido por Diogo. Eles entraram em luta e Rivelino deu um golpe de faca na região do abdômen.

 

Depois de caído, Silveira foi golpeado por diversas vezes na cabeça. Ele foi escalpelado – teve o couro cabeludo arrancado - e os dedos da mão decepados, provavelmente, ao tentar se defender dos golpes, e teve o rosto desfigurado.

 

Ao ouvir o barulho, Fátima foi ao local para tentar defender o marido. Rogério diz que ela estava armada com um machado, enquanto Rivelino afirma que era um pedaço de pau, e teria tentado golpear os suspeitos, momento em que foi atingida por um golpe de facão no pescoço. 


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