Sobrevivente de atentado nega ser de facção e diz que era mantido em cativeiro pelo PCC


Midiamax

Vítima morta com tiro na cabeça foi atingida por engano

O sobrevivente do atentado da manhã desta quinta-feira (13), em uma residência do Jardim Los Angeles, afirmou à polícia que estava sendo mantido em cativeiro há dois dias por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). O rapaz de 22 anos alegou que foi sequestrado no São Conrado e que era vigiado pelo homem morto durante os disparos.

Na versão de Kralberg da Silva, o morto durante o crime era na verdade integrante da facção e o responsável por vigiá-lo no cativeiro. Ele teria morrido por engano, com um tiro na cabeça, no momento em que os autores dos disparos entraram na casa para matá-lo.

Para a polícia, Kralberg explicou que há dois dias foi sequestrado pelos suspeitos no Jardim São Conrado. Mesmo negando ser de qualquer facção, o rapaz alegou que ao ser abordado pelos autores, foi acusado de ser do Comando Vermelho e por isso, mantido na casa da Rua Eusébio de Queirós até essa manhã.

A vítima ainda contou que durante a madrugada, o seu suposto vigia teria recebido uma ligação ordenando seu assassinato e foi neste momento que os autores entraram na casa efetuando vários disparos. Ela foi atingida por um tiro no pescoço, mas conseguiu escapar. Foi atendida pelo Corpo de Bombeiros e levada para a Santa Casa.

Já o outro homem, de aproximadamente 30 anos, foi baleado na cabeça, segundo Kralberg, por engano. Ele garantiu que havia um garante revezamento de vigias no local e que possivelmente a vítima era um deles. A polícia ainda investiga se o morto realmente tinha ligação com a facção, ou também era refém dos suspeitos, como divulgado inicialmente.

O rapaz garantiu ainda que não conhecia nenhum dos envolvidos, nem o homem morto. Conforme a polícia, Kralberg possui passagens por tráfico de drogas e lesão corporal.

Vizinhos da residência contaram a equipe do site Midiamax que homens desconhecidos moram ali há uma semana e que de madrugada foram ouvidos pelo menos três disparos no local. De manhã, às 7 horas, novos tiros foram efetuados na casa. As testemunhas chegaram a falar em um ‘festival de tiros’.

Durante a perícia no local, as equipes de investigação encontraram dentro de um Volkswagen Gol, placa HRC-4774, um carregador de pistola com munições calibre 380. Vizinhos contaram que o veículo estava estacionado em frente ao portão da residência, mas depois do crime foi arrastado por cerca de 10 metros. O carro pertenceria a um homem que frequentemente era visto no local.

A delegada responsável pela investigação, Franciele Candotti, afirmou que ainda não tem nenhuma informação concreta sobre o caso e trabalha inicialmente com um homicídio e um tentativa de homicídio.


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