Douradenses vão às ruas pela 3ª vez neste ano em adesão a ato nacional


Dourados News

Cerca de mil pessoas participam do ato, segundo a Guarda Municipal. Fotos: Isadora Spadoni

Trabalhadores foram às ruas nesta manhã em Dourados contra as reformas da previdência e trabalhista e contra o presidente Michel Temer (PMDB), em apoio a uma paralisação que ocorre em diferentes estados do país. Essa é a terceira "greve geral" nacional da qual os douradenses participam neste ano.

A concentração começou na praça Antônio João e seguiu em marcha pela avenida Marcelino Pires. A previsão é que os manifestantes retornem à praça até o final da manhã, segundo informações da Guarda Municipal.

Cerca de mil trabalhadores participam do ato nesta sexta-feira (30). No último ato, eram 3 mil presentes, segundo a GM.

Para José Carlos Brumatti, 52, professor da rede estadual de ensino, a aprovação das reformas em trâmite no Congresso Nacional seria um retrocesso aos direitos trabalhistas de todos.

"Os três anos que faltam para eu me aposentar aumentarão para 13, caso a reforma da previdência seja aprovada. Isso porque já tenho quase 40 anos de contribuição. Os profissionais que estão entrando agora serão ainda mais prejudicados", disse.

À tarde, professores da rede pública devem ir até o escritório regional do governo do Estado em Dourados, para reivindicar reajustes salariais de professores e técnicos da educação.

O funcionário da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em Dourados, José Vicente da Silva, também criticou as reformas e as ameaças de privatização de empresas públicas, como é o caso da Embrapa.

"A entrega de mais de 40 anos de pesquisas agropecuárias ao setor privado põe em risco a segurança alimentar da população", disse o assistente de logística, que é presidente do Sinpaf (sindicato de trabalhadores de pesquisa e desenvolvimento agropecuário) em Dourados.

Representantes dos funcionários do comércio pretendem passar pelas lojas panfletando, já que a adesão de trabalhadores foi baixa.

"Infelizmente a fila de desempregados é alta quem está empregado é coagido a não participar das greves", disse Pedro Lima, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados (Secod).

As agências bancárias ficaram fechadas até as 11h, em adesão à mobilização. Bancários, funcionários da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), entre outras categorias, também estiveram presentes. No início da manhã, a avenida Guaicurus foi bloqueada por servidores.


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