Dólar fecha em queda e vai a R$ 3,11 após alta dos juros nos EUA

Moeda dos EUA recuou 1,79%, a R$ 3,1112 na venda, na maior queda desde 6 de setembro do ano passado.


Do G1

Dólar fechou em queda de quase 2% nesta quarta-feira (15), retornando ao patamar de R$ 3,11 (Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo)

O dólar fechou em queda de quase 2% nesta quarta-feira (15), retornando ao patamar de R$ 3,11, após o Federal Reserve, banco central norte-americano, elevar a taxa de juros do país e sinalizar que devem ocorrer apenas mais duas altas ao longo deste ano.

A moeda dos EUA recuou 1,83%, a R$ 3,1112 na venda, após ter fechado na véspera perto de R$ 3,17. Veja a cotação.

 

Segundo a agência Reuters, a queda desta quarta-feira foi a maior desde 6 de setembro do ano passado, quando o dólar despencou 2,25%. Na mínima do dia, a moeda norte-americana foi a R$ 3,1050.

 

Decisão do Fed

O banco central dos Estados Unido, decidiu elevar a taxa de juros do país, na primeira alta após a posse do presidente Donald Trump. Na última reunião, em janeiro, o órgão manteve as taxas.

 

Em seu comunicado, o órgão justificou a ação encorajado por dados mensais fortes de emprego e pela confiança de que a inflação está finalmente caminhando para sua meta.

 

Apesar do reconhecimento de melhora na economia, o BC dos EUA não sinalizou em seu comunicado se pretende alacerar o ritmo de alta dos juros daqui para frente, desmontando as previsões mais pessimistas sobre número maior de avanços.

 

O mercado acredita que uma alta dos juros pelo Fed pode motivar uma transferência de parte dos recursos aplicados em países emergentes para os EUA. Os títulos do Tesouro americano, atrelados à taxa de juros norte-americana, são considerados o investimento mais seguro do mundo. Se confirmado, esse fluxo de capital pode levar a uma tendência de alta do dólar em relação a moedas emergentes como o real.

 

A decisão de investimentos depende do apetite de risco dos investidores. Os mais conservadores tendem a procurar economias mais seguras para alocar seu capital, mesmo que paguem juros mais baixos. Em 2008, por exemplo, durante a crise do subprime nos Estados Unidos, a demanda por títulos do Tesouro americano cresceu.


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