O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) foi eleito, na tarde desta quinta-feira (09), presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 287/16). Indicado pela bancada do PMDB, Marun é um dos aliados mais fiéis de ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que hoje está preso por envolvimento na Operação Lava Jato.
Ao Jornal Estado de Minas, o parlamentar disse que vai conduzir as discussões de forma "serena", mas ao mesmo tempo "firme e metódica" para que os trabalhos sejam concluídos "o mais rápido possível".
Sobre a alegação de que tenha sido nomeado para o posto com o objetivo de acelerar a tramitação da PEC, Marun foi enfático: “"Alguém ouviu falar que eu sou por acaso o Fittipaldi para acelerar? Também não sou Barrichello, que é um grande piloto, mas não sou eu nenhum acelerador", disse, em referência a Emerson Fittipaldi, um dos pilotos brasileiros mais vitoriosos da Fórmula 1, e Rubens Barrichello, piloto que constantemente era alvo de piadas pela suposta "lentidão" nas pistas.”
Marun declarou que acredita ser possível votar a proposta na comissão até abril. O colegiado tem prazo máximo de até 40 sessões do plenário para concluir os trabalhos.
PROPOSTA DO GOVERNO
Entre outros pontos, o governo propôs:
Idade mínima de 65 anos para o cidadão se aposentar;
Aposentadoria integral após 49 anos de contribuição;
Prazo mínimo de contribuição para o INSS de 25 anos.
Quem será afetado?
Todos os trabalhadores ativos. Homens a partir de 50 anos e mulheres com 45 anos ou mais serão enquadrados em normas mais suaves, mas com tempo adicional para requerer o benefício. Aposentados e aqueles que completarem os requisitos para pedir o benefício até a aprovação da reforma não serão afetados.