Após a eliminação do São Paulo nesta quarta-feira (13), o futebol brasileiro voltou a viver um jejum na Libertadores que não acontecia desde meados dos anos 80.
Com a queda do time do Morumbi em Medellín, na Colômbia, o país ficou pelo terceiro ano consecutivo sem ter um representante na decisão do principal torneio sul americano.
Em 2014, os brasileiros não conseguiram sequer chegar às semifinais da competição e tiveram apenas um clube (Cruzeiro) nas quartas de finais. Já no ano passado, somente o Internacional esteve entre os quatro melhores.
O período de 'seca' de finais é o maior visto desde o intervalo de tempo entre 1985 e 1991, quando nenhuma equipe brasileira figurou entre os finalistas da competição por sete temporadas seguidas.
Naquela ocasião, porém, a Libertadores tinha outros formatos de disputa e uma quantidade menor de participantes do Brasil por edição.
Até 1999, o Brasil tinha apenas duas vagas na competição, além de uma extra no caso do país ter um campeão na edição anterior.
Mesmo assim, de 1992, ano em que o São Paulo conquistou seu primeiro título da competição, a 1999, o Brasil ficou sem um representante na final em apenas uma ocasião, em 1996.
A partir de 2000, a Libertadores passou a contar com 32 equipes, e o número de vagas para os brasileiros subiu para quatro -em 2004, aumentou para cinco.
Desde então, somente em 2001 e 2004 o Brasil ficou sem um representante na final. Em 2005 e 2006, porém, o país se mostrou tão forte que gerou uma mudança no regulamento.
Naquelas duas edições, os dois finalistas eram brasileiros (Atlético-PR e São Paulo, em 2005, e Inter e São Paulo, em 2006), e nas edições seguintes a organização passou a remanejar confrontos na fase de mata-matas para que times do mesmo país se cruzassem, evitando finais entre clubes do mesmo país.
O cruzamento forçado ainda vale, mas isso não foi necessário em nenhuma das últimas três edições, nas quais o Brasil não teve representantes na final.