Sete de Dourados e Operário fizeram um jogo digno de uma semifinal na noite deste domingo (24) no estádio Douradão. Foram 90 minutos de tensão, chances de gol e claro, confusão para o público de 6.010 pessoas que estiveram no local. Cindo jogadores acabaram expulsos, três deles do time da Capital.

No final, empate sem gols que garantiu aos douradenses a vaga inédita à final do Estadual diante do Comercial, que mais cedo também empatou sem gols diante do Corumbaense e carimbou o passaporte.

As partidas decisivas acontecem nos próximos dois domingos, 1 e 8 de maio.

O primeiro compromisso será em Dourados e a partida final na Capital. Por ter melhor campanha, o Comercial tem a vantagem diante do Sete.

O JOGO

Antes da partida começar, os jogadores do Sete de Dourados entraram com crianças da AAGD (Associação de Pais e Amigos dos Autistas da Grande Dourados) em celebração ao mês da conscientização do Autismo. Vestidos de azul, eles foram ao campo junto dos atletas.

Quando a bola rolou, como era de se esperar, as duas equipes começaram se estudando bastante, porém, com algumas jogadas rápidas pelas laterais, principalmente com Da Silva, o Sete se mostrava mais perigoso. Apesar do visível domínio douradense, o Operário conseguia equilibrar a partida com toque de bola cadenciado e em busca de seu artilheiro, Rodrigo Gral.

A bola corria bastante de ambos os lados, porém, os goleiros Dida do Sete de Dourados e França, do Operário, pouco trabalharam, a não ser nas saídas de gol durante as bolas cruzadas na área.

Logo no início do segundo tempo o Sete teve a chance de marcar. Após falta em Dudu Lima, Fernando foi expulso. Na cobrança, Mario Lúcio chutou no alto e França pegou em dois tempos.

O jogo continuou movimentado e o Operário buscava o gol que poderia lhe garantir a classificação, mas acabava esbarrando no sistema defensivo do rival.

O Sete tentava acertar os contra-ataques, mas acabava pecando por preciosidade de seus atletas em alguns momentos ou por má finalização. Da Silva, Marinho e Renato tiveram chances claras, mas acabaram perdendo. Nos acréscimos, uma confusão generalizada tomou conta do campo após falta de ataque do Sete. Anderson Paulista e Diogo acabaram expulsos do lado operariano e Eduardo Arroz e Fágner, pelo Sete.

De volta ao jogo, o árbitro Marcos Mateus Pereira deu mais dois minutos de acréscimo e a equipe da Capital se lançou ao ataque, porém, sem efetividade. O Sete teve tempo de perder mais dois gols, com Renato, aproveitando saída errada de França e com Mario Lúcio, que acabou perdendo chance de frente com o goleiro.

No fim, a torcida fez a festa com a classificação para a final do Estadual.