Professor morto havia marcado encontro com criminosos


Midiamax

Corpo foi encontrado após oito dias desaparecido - Foto: Midiamax

A polícia retirou na tarde desta segunda-feira (17), o corpo do professor de língua portuguesa da Escola Estadual Joaquim Murtinho, Francisco Borges da Silva, de 39 anos, do local onde foi encontrado na margem da BR-163, em Campo Grande.

Francisco estava desaparecido desde domingo (9) e foi vítima de latrocínio, roubo seguido de morte. O delegado chegou até o corpo do professor após a prisão dos dois envolvidos, que indicaram o local que tinham 'desovado' o corpo.

Segundo o delegado da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), Edílson dos Santos Silva, o professor foi executado no mesmo dia do desaparecimento. A polícia revelou que chegou até os envolvidos depois que as investigações descobriram que os autores haviam trocado mensagens e que eles tinham marcado um encontro com ele em uma pousada, na região da UCDB, onde foi executado.

Os criminosos contaram ao delegado que o conheceram pela internet e estavam trocando mensagens com o professor. Depois, marcaram o encontro e decidiram roubar o VW Gol branco, placas OOL-9955, de Campo Grande (MS), modelo 2015.

O delegado da DEH descarta a possibilidade de Francisco ter sido morto por arma de fogo, já que ele foi executado na pousada e o barulho de disparos de tiros chamaria a atenção dos trabalhadores.

De acordo com Edílson dos Santos Silva, somente depois dos laudos periciais e dos exames necroscópicos é que vai poder apontar as causas da morte e a arma utilizada, mas com certeza o professor foi morto por algum objeto.

Em relação ao Gol, os autores disseram que não levaram o carro porque ele estava sem a documentação e sabiam que seria difícil retirar o veículo do Estado sem os documentos. O delegado disse que o carro foi encontrado no estacionamento de um supermercado da Capital, mas não revelou o nome, nem a região.

Um dos envolvidos tinha um mandado de prisão expedido contra ele e o outro vai ser autuado em flagrante. A polícia ainda não descarta o envolvimento de outras pessoas no crime. O delegado disse que brevemente vai apresentar os autores e divulgar os nomes.

O corpo do professor Francisco Borges da Silva foi retirado da margem da rodovia e encaminhado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).


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