Polícia Civil não descarta que até 15 homens possam ter participado de estupro


Dourados News

“Quanto mais a gente apura o caso, mais chocados ficamos”, disse a delegada titular da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), Rozeli Dolor Galego, sobre o estupro de uma indígena de nove anos de idade ocorrido na aldeia Bororó, em Dourados.

Três pessoas já foram detidas acusadas de participação no crime que aconteceu entre a noite de domingo e a madrugada de ontem, são elas: Fábio de Souza Irala, 23, Junior Alves Duarte, 19, e um adolescente de 14 anos. Junior, inclusive, é primo da vítima, conforme informação da Polícia Civil.

Fábio e Júnior permanecem detidos no 1º Distrito Policial. Já o adolescente foi encaminhado para a Unei (Unidade Educacional de Internação) Laranja Doce. O trio, de acordo com a delegada, apontou o nome de mais quatro pessoas que teriam participado da violência contra a menina.

No entanto, testemunhas apontaram que possa haver mais envolvidos no caso. “Testemunhas que voltavam de um culto na igreja passaram na frente do terreno onde fica a casa onde aconteceu o crime. E essas pessoas disseram que tinha pelo menos 15 homens no local, então não descartamos que tenham sim mais suspeitos de terem participado”, disse a delegada.

Conforme apurado até o momento pela Polícia Civil, a casa onde a menina mora com uma irmã menor e a mãe fica no mesmo terreno onde está a casa em construção onde ela teria sido violentada. O grupo de acusados estaria bebendo no local, quando resolveram então pegar a menina que voltava da igreja.

“Os acusados que estão detidos contaram que eles estavam bebendo e que não sabem porque resolveram pegar a menina e fazer o que fizeram. A mãe dela estranhou que ela não voltava da igreja, então procurou e achou ela já de manhã na casa em construção. Segundo ela a menina estava nua, desfalecida e sangrando muito. Ela foi então socorrida pelo Corpo de Bombeiros”, relatou Rozeli.

Mesmo experiente, a delegada disse que não só ela como toda a equipe que cuida do caso está “chocada”. “Realmente pela idade da vítima e pela banalidade com a qual os acusados relatam o caso e jogam a culpa na bebida. É muito chocante”, finalizou Rozeli. A menina permanece internada em estado grave no Hospital Universitário e, segundo a polícia, passou por cirurgia.


COMENTÁRIOS